VOCÊ SABIA QUE AS DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES NO BRASIL AINDA SÃO MUITO GRANDES?
As mulheres, mesmo trabalhando fora, ainda são as maiores responsáveis pela educação dos filhos e pelas tarefas domésticas, ganham menos que os homens e têm menos acesso às carreiras públicas, participação na política e promoções no trabalho. Isso sem falar na violência contra a mulher, um grande desafio a ser vencido por toda a sociedade.
Em grande parte, esse problema é cultural e tem a ver com a forma com que educamos nossos filhos (pais e mães). Replicamos aquilo que aprendemos com nossos pais e eles com nossos avós: meninos e meninas são criados de forma diferente, reforçando o modelo machista, patriarcal que tentamos combater quando nos tornamos adultos.
Meninos e meninas devem receber tratamento semelhante por parte dos pais, cuidadores e professores e isso inclui ter os mesmos direitos e deveres em qualquer ambiente. A igualdade entre os gêneros deve ser trabalhada principalmente na infância , momento em que os conceitos são formados e internalizados , determinando personalidade e comportamentos. Isso inclui a divisão das tarefas domésticas também.
A CNTC e suas federações preparam um conjunto de dicas para ajudar você, pais e mães trabalhadores, a educarem seus filhos sem reforçar as difenrenças de gênero, criando uma sociedade mais justa e igualitária para eles no futuro.
DAR O EXEMPLO
Não dá para falar em igualdade de gêneros com as crianças se os adultos não aplicam na prática o que falam. Em outras palavras, os pais precisam ser o modelo, dividindo, por exemplo, as tarefas domésticas: é tarefa tanto do pai quanto da mãe lavar a louça, assim como tanto o pai quanto a mãe têm capacidade para trocar o pneu do carro.
ELIMINAR PRECONCEITOS
Sem essa de que futebol é coisa de menino e balé é de menina. Hoje em dia há cada vez mais meninas interessadas em jogar bola e não há nada de errado em um menino que goste de dançar.
NÃO REFORÇAR ESTEREÓTIPOS
Também nas brincadeiras e nos brinquedos que dão para os seus filhos os pais têm uma oportunidade de ensinar sobre a igualdade de gêneros. Não quer dizer que o pai deva comprar uma boneca para o filho e querer que ele brinque com ela contra a vontade. Mas quer dizer que deve aceitar e tratar de forma natural se o menino pedir um brinquedo classificado como “de menina”. O mesmo, claro, se aplica às meninas.
DIVIDIR TAREFAS
Desde pequenas, as crianças devem ser ensinadas a realizar tarefas para ajudar nos cuidados com o lar. E nessas tarefas devem ser divididas igualmente entre meninos e meninas.
ESQUECER OS JARGÕES MACHISTAS
“Meninos não choram”, “rosa é cor de menina”, “lugar de mulher é na cozinha”. Quem nunca ouviu frases como essas? Elas estão entre as ideias que ressaltam o preconceito em relação aos papéis masculinos e femininos na sociedade.
ORIENTAR OS FILHOS EM CADA FASE
O respeito deve estar presente quando as crianças crescem e iniciam seus primeiros relacionamentos amorosos. Nessas horas cabe ensinar aos filhos sobre as mudanças que seus corpos estão sofrendo e sobre o respeito que devem ter por seu próprio corpo e pelo do outro também.
CONVERSAR SEMPRE
Se em uma discussão entre crianças, um “xinga” o outro de “mulherzinha” ou de “gay”, é hora de entrar em cena para ter uma conversa com o grupo. É preciso mostrar que com essa atitude eles estão tendo um comportamento de preconceito: mulheres e homossexuais precisam ser respeitados e essas palavras não podem ser usadas como xingamentos.